November 25, 2025

Recentemente, a polémica estalou dentro das quatro linhas. Cerca de 900 jogadores das ligas inglesa e escocesa deram o pontapé de saída naquele que poderá ser o remate certeiro contra a forma como os dados pessoais dos jogadores de futebol têm vindo a ser usados no meio desportivo para os mais variados fins, nomeadamente comerciais. Vivemos tempos em que o algoritmo é rei (também no desporto) e a previsão rainha. São diversas as fontes que alimentam as empresas de apostas, de videogames, entre outras, que usam os dados pessoais dos jogadores para fins comerciais, gerando ganhos milionários sem qualquer compensação financeira aos seus titulares.
A atividade de definição de perfis (profiling) tem vindo a ser parte do motor deste negócio. O Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados (RGPD), no seu n.º 4 do art.º 4.º, refere a definição de perfis como qualquer forma de tratamento automatizado de dados pessoais que consista em utilizar esses dados pessoais para avaliar certos aspetos pessoais de uma pessoa singular, nomeadamente para analisar certos aspetos relacionados com o seu desempenho profissional, a sua situação económica, saúde,
Este artigo foi publicado aqui: Os futebolistas não foram qualificados para o campeonato da protecção de dados?